quinta-feira, 22 de julho de 2010

Lembrete

Há muito não escrevo nada sobre a amizade que nos cerca, sobre o sentimento recíproco, que às vezes adormece ante o cotidiano louco e absurdo que vivemos. O tempo capturado em cada instante, querendo fazer a vida valer a pena, dando sentido intimo a tudo, esse hedonismo que nos cerca. Por vezes porém, e não são poucas, nos resguardamos, na nossa casa, no nosso quarto, lá no escrutínio da alma, e lembramos, com certo saudosismo, (por que recordar é viver) que outras partes de nós estão num outro plano, numa outra realidade a se mensurar e crescer harmoniosamente. E sentimos que, mesmo longe, estas outras partes vão se completando, equitativamente, porque com generosidade, uma empresta a outra o quinhão que conseguiu na lida, na labuta e assim, cada uma segue seu curso, onde invariavelmente (apesar dos descaminhos) aponta para a união a cada etapa destas partes, celebrando mais um ciclo, que para nós, já é uma forma de rejuvenescimento, de passagem de qualquer coisa de mística, divina. É o elixir de juventude que todos procuram e que nós encontramos nos resgates de memória, de tempos, eternamente gravados em nossos corações.

Um comentário:

  1. Poeta! Perfeitos seus textos. Gostei demais desse. Engraçado que ao ler, pude reviver o que sempre vivo, essa experiência aí. Continue postando.
    Beijo

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