Calo-me, ante a imagem do menino, doce e melancólico de camisa amarela e bermuda preta, com uma única mecha de cabelo a adornar a cabeça. Vivenciando suas frustrações de todos os dias, seus dramas e angústias. Mas também, calo-me pela alegria da descoberta do viver, da turma querida, da inocência de criança, que tudo intensifica, da cumplicidade do olhar, dos comentários perversos, das barreiras aparentemente intransponíveis, mas que cedem ao menor toque de afeto e carinho, mostrando-se numa primeira intimidade, seus gestos mais singelos e trejeitos reconhecidamente singulares. O que acontece quando duas crianças se conhecem? Brigam constantemente, se engalfinham, mas acabam se rendendo a brincadeira. Regozijo-me por ter feito parte da brincadeira. Obrigado por ter sido a menina sem nome, simplesmente, a ruiva.
Vou conversar com Snoop agora, ele deve estar em algum lugar aqui dentro.
Irecê, 18 de maio de 2008 19:28
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