quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pedro Santo

Era a primeira vez que via aquela figura
Tinha um ar triste, vago.
Olhar firme no horizonte, à contemplar a tristeza do mundo.
Toda a sua vida passava-se nos seus olhos,
A cerveja inerte, ao alcance da mão
Como um último lampejo de felicidade.
Olhar marejado, de quem perdeu algo no transcurso do tempo.
Quão melancólico fora aquela perda.
Fiquei a imaginar àquela pretérita vida,
Ante minha existência presente.
Uma angústia premente pelas perdas dos tempos idos.
De tempos que não voltarão, do passado perdido.
Oi tudo bem! Qual o seu nome?
Meu nome é Jéssica
Obrigado!
Fora muito rápido, fugaz
Troca de olhares lascivos e algumas palavras
Tímidas, ante ao olhar de terceiros...
Subtraindo o desejo incomum
Nada mais resta
Uma lembrança feliz,
De uma tarde despretensiosa, alegre.
Com certa morbidez ao final, é verdade.

Lula Dourado 31/08/2008

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