A angústia do meu ser me remete a pensamentos confusos, a procurar razoes e fins num caminho vasto em que mergulha a minha alma e o meu coração padece. Confesso que cansei dessa vastidão de vazio, de solidão, em que me acho e no mesmo instante me perco entre sentimentos e ações frutos d minha incerteza, do meu descontentamento. E assim os dias se perdem na turbulência dos meus pensamentos e as noites parecem-me tão nostálgicas e tristonhas, quanto o reflexo do meu ser. Então num ato extremo de egoísmo, ou de antropocentrismo exacerbado, ofusco o brilho das estrelas, inexisto a beleza do luar e desconheço a imponência do sol, do dia, do canto majestoso dos pássaros, da voz dos rios, da harmonia perfeita, orquestral da natureza. Tudo isso por que num mundo fechado e focado em mim. Sem me dar conta da minha inutilidade, me peco na mediocridade dos meus dias e transcrevo as minhas frustrações, os meus medos e anseios, sem me permitir me perguntar se vale a pena viver. Pela convicção de resposta, calo-me e continuo a afligir os meus dias e a me perder no meu próprio vazio.